quarta-feira, março 17, 2010

Resposta de Marcon para o jornalismo Marron

Resposta de Marcon para o jornalismo Marron de Giovani Grizotti no You tube

Marcon critica postura de jornalista

O deputado Dionilso Marcon (PT) criticou, na tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (16), a conduta do jornalista Giovani Grizotti, da RBS. “Este jornalista tem se prestado ao papel de perseguir os movimentos sociais e os parlamentares. Faz isso com os sem terra, com as trabalhadoras rurais, com os caminhoneiros e, agora, com os deputados”, afirmou.

Marcon teria sido abordado na entrada do plenário pelo jornalista, que queria saber por que o parlamentar deu presença na sessão da última quinta-feira e se retirou. “Como não havia votação, registrei a presença e fui para uma reunião no plenarinho com mais de trinta entidades. O trabalho parlamentar não se dá só na hora das votações. Trabalhamos dentro e fora da Assembleia”, explicou o petista.

Segundo Marcon, a abordagem feita por Grizotti foi agressiva e desrespeitosa. “Sofri uma agressão moral, que reflete preconceito deste jornalista com os mandatos parlamentares”, assinalou

A mesma cobrança foi feita pelo jornalista a outros deputados. A deputada Leila Fetter (PP) e o deputado Alexandre Postal (PMDB) também usaram a tribuna para criticar a postura do jornalista.

Fonte: Gab Dionilso Marcon.

segunda-feira, março 15, 2010

A ofensiva está nas ruas de PoA

A ofensiva contra o machismo já está nas ruas de Porto Alegre.
E na sua cidade? Já estamos por lá? Mande suas fotos para compor nosso blog.

Feminismo para um mundo sem machismo!

Entre também nesta ofensiva: http://contramachismo.wordpress.com/

Pra quem não sabe do que se trata:

Uma antiga ofensiva foi lançada na atividade dos movimentos feministas domingo, no parque da redenção, em formato de adesivos - a ofensiva contra o machismo!

Vários adesivos com frases que podem ser usadas em diversos lugares foram distribuídas entre as militantes que ali estavam.

"Machismo Mata!"
"Nós que parimos, Nós que decidimos"
"Nem papas nem juízes - As mulheres decidem"
"Viver sem violência é um direito das Mulheres"
"A violência contra a Mulher não é o Mundo que a Gente Quer"
"Eu aborto, tu abortas, somos todas clandestinas"


Todos estes adesivos são assinados por Ofensiva contra o Machismo.

A adesão é livre, a arte vai estar circulando, e está disponível no blog também - mas quem reproduzir não deverá mudar o layout nem a assinatura dos materiais. Outra exigência é que estes materiais não levem as logos dos movimentos em sobreposição ao original.

Então - copiar vale - mudar não!

Vale colar por aí e não só na agenda ou na pasta. Em banheiros de bares, restaurantes, estádios de futebol - usar a imaginação! Depois a gente manda a foto por email pra publicação.

Tem um blog também que está sendo reabastecido de coisas novas e que pretende ser uma ferramenta feminista contra o machismo. http://contramachismo.wordpress.com/

Mandem emails com textos contra o machismo, fotos e o que mais achem que possa ser divulgado. Quem quiser mandar fazer os adesivos, solicita a arte pelo email: feminismo.contramachismo@gmail. com

No twitter contramachismo.

Fonte: Ofensiva contra o Machismo.

sexta-feira, março 12, 2010

Improbidade contra Fogaça solicitada no MPF

Caso Sollus

Vereadores do PT protocolam representação de improbidade contra o prefeito no MPF

Na peça, foram levantadas todas as irregularidades ocorridas no processo de contratação e de prestação de serviço do Instituto Sollus, desde 2007, bem como anexados todos os documentos comprobatórios das fraudes.

Outra representação, de igual teor e gravidade, foi entregue ao Sub-Procurador Luiz Caralos Ziomkowiski, no Ministério Público Estadual.
Também foram entregues cópias dos mesmos documentos à Polícia Federal e ao Conselho Municipal de Saúde.

Já está em curso no MPF e na Polícia Federal processo de investigação sobre os desvios e fraudes cometidos pelo Instituto Sollus, durante o convênio com a Secretaria Municipal da Saúde. O Procurador Gasparini, do MPF, garantiu a continuidade das investigações e disse que encaminhará a representação protocolada hoje para análise minuciosa do ato de improbidade.

A bancada do PT espera que as autoridades investiguem a fundo as irregularidades e possam apontar, o quanto antes, os responsáveis pelos desvios, fazendo com que o dinheiro – cerca de R$ 9,6 milhões – retorne aos cofres públicos para melhorar a saúde da população porto-alegrense.

Por Assessoria de Imprensa da Bancada do PT na Câmara de PoA/RS.

segunda-feira, março 08, 2010

Não basta ser mulher - Por Sofia Cavedon

A interdição das mulheres não terminou. Segue física, psicológica e culturalmente firme!

Se antes, era tão explícita que até constava em Lei, na interpretação dos credos religiosos, em regras ensinadas nas famílias e nas escolas, em pleno século XXI, segue praticada por formas mais sutis, travestidas de modernidade, porém igualmente brutais.

Só ver que há pouquíssimas mulheres nos espaços de poder, que ainda é crime tomar decisões sobre o próprio corpo, que os cuidados com a reprodução da vida é preponderantemente delas, acrescentando horas de trabalho ao trabalho fora de casa; que são mortas por que ousam libertar-se de pretensos proprietários!
Objeto de consumo, de vendas, de desejo, a liberdade sexual conquistada a duras penas virou uma mercadoria lucrativa, fortalecendo sua condição de objeto.
Cem anos de 8 de Março é para celebrar tantas mulheres que romperam as interdições, mas também para encorajar muitas outras!

E a coragem vem do conhecimento. A percepção dos grilhões, a desnaturalização da condição acontece na reflexão-ação. A práxis libertadora é difícil. Mais fácil é se adequar à ordem natural, atender expectativas, cumprir papéis, e encontrar alternativas para driblar a frustração, a dor, a falta de sentido.

Simone de Beauvoir refletiu e escreveu sobre a condição da mulher a partir de sua prática da filosofia, da investigação, da condição permanente de ensinar e aprender que escolheu para sua vida. Ao dizer a nova palavra, contestadora, desnaturalizadora, moveu esperanças, desejos e comprometeu-se com a luta por mudança.
Exemplo disto, em 1971, ela assinava o Manifesto das 343 mulheres. Elas declaravam que na França, a cada ano, um milhão de mulheres realizavam aborto e, por serem proibidos e feitos clandestinamente, o que era um procedimento simples, tornava-se muito perigoso. Elas, que incluíam nomes como Catherine Deneuve e Marguerite Duras, afirmavam que já haviam feito aborto. Defendiam o direito à contracepção gratuita e ao aborto legal seguro. Causaram furor. Foram chamadas de “as 343 vagabundas”. No entanto, em 1974, o aborto foi legalizado na França.

O exemplo de um tema controverso como este, é para evidenciar que avanços impensáveis são conquistados se assumimos riscos.
Não basta ser mulher, é preciso rebelar-se!

Sofia Cavedon – Vereadora PT/PoA

quinta-feira, março 04, 2010

MÍDIA ALTERNATIVA O nascimento da Altercom

Publicado na Edição 579 de 2/3/2010 www.observatoriodaimprensa.com.br

Por Venício A. de Lima

Por não terem seus interesses representados ou defendidos na atuação das associações atualmente existentes, empresários e empreendedores de mídia – revistas, jornais, livros, sítios e blogs – iniciaram nas conferências estaduais preparatórias e ao longo da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), no final de 2009, entendimentos para a organização de uma entidade alternativa cujos objetivos e compromissos não são coincidentes com aqueles da grande mídia.

Agora, em seminário que contou com a presença de cerca de sessenta empresários e uma dezena de convidados especiais, realizado em São Paulo, no sábado (27/2), foi criada a Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores de Comunicação (Altercom). Uma Carta de Princípios e o estatuto da entidade estão sendo elaborados por uma comissão especial ele ita no seminário e deverão ser divulgados em março.

Interesse de poucos
Na prática, as associações existentes, em particular a Associação Nacional de Jornais (ANJ), a Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) e a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), embora se apresentem publicamente como representantes do conjunto de jornais, revistas e concessionários do serviço público de radiodifusão, têm atuado, sobretudo, na defesa dos velhos interesses dos poucos atores dominantes na mídia brasileira – vale dizer, das Organizações Globo, dos grupos Folha, Estado e Abril e de seus parceiros.

Há, no entanto, uma nova realidade no setor de mídia que está a emergir a cada dia. Atravessamos um período de crise profunda no campo da grande mídia que abarca mudanças tecnológicas, a emergência de uma nova mídia e de novos modelos de negócio, com repercussões e conseqüências ainda não apreendidas ou compreendidas em todas as suas dime nsões.

A maior novidade, certamente, é o papel que a nova mídia já demonstrou ser capaz de desempenhar nos processos eleitorais. O que havia acontecido de forma relativamente menos acentuada nas eleições presidenciais brasileiras de 2006, ganhou uma dimensão inédita na eleição de Barack Obama nos EUA, em 2008. A grande mídia, por óbvio, continua relevante, mas não tem mais, nem de longe, a importância na formação da opinião pública que atribuíamos a ela em passado recente.

O surgimento de uma entidade alternativa, representando empresários e empreendedores de comunicação – a Altercom – é, certamente, uma das expressões dessa nova realidade.

Liberdade de expressão de quem?
Uma das principais bandeiras que tem servido de referência para a atuação das atuais associações é a defesa do que chamam de liberdade de expressão, associada, sem mais, à liberdade de imprensa. Na prática, a liberdade de expressão que tem sido defendida se limita, historicam ente, à expressão daqueles poucos – pessoas e/ou interesses – que têm acesso à grande mídia.

C. Edwin Baker, especialista na Primeira Emenda da Constituição dos EUA e professor da University of Pennsylvania, em seu livro Media Concentration and Democracy – Why Ownership Matters (Concentração na Mídia e Democracia – Por que a propriedade é importante), publicado em 2007 pela Cambridge University Press, defende vigorosamente o princípio da máxima dispersão da propriedade (maximum dispersal of ownership) [ver, neste Observatório, "Pela máxima dispersão da propriedade").

Segundo ele, quanto maior for o número de "controladores" dos meios de comunicação, isto é, quanto mais estiver distribuído o poder de comunicar, melhor servida será a democracia. Na verdade, mais "controladores" significa a possibilidade do exercício da liberdad e de expressão por um número maior de cidadãos.

O compromisso com a universalização da liberdade de expressão deverá ser uma das diferenças fundamentais na atuação da Altercom.

Novos públicos e o papel do Estado
Por outro lado, a Altercom deverá também atuar junto aos anunciantes públicos e privados, em importante trabalho educativo e de convencimento, sobre a crescente importância da nova mídia e/ou da mídia alternativa na formação de novos hábitos de "consumo" da própria mídia. Isso pode significar o surgimento de novos públicos "consumidores" e/ou o deslocamento/superposição de velhos e novos "consumidores" de comunicação.

Aqui há de se insistir no papel do Estado na regulação do mercado de mídia. Continua a existir, entre nós, uma evidente dificuldade na transição entre a defesa abstrata da liberdade de expressão e de sua efetivação através de medidas do Estado que promovam a democratização do direito de se comunicar. Prevalece ativa a ultr apassada posição do liberalismo clássico que considera o Estado sempre uma ameaça às liberdades individuais e não, muitas vezes, como promotor fundamental delas. Esse é o argumento do professor Owen Fiss, da Yale University, no seu fundamental e indispensável A Ironia da Liberdade de Expressão – Estado, Regulação e Diversidade na Esfera Pública (Editora Renovar, 2005).

Não é só no Brasil
Coincidentemente, enquanto a Altercom estava sendo criada no Brasil, nos Estados Unidos, o Media Consortium– a rede da "mídia progressista e independente" – promovia um encontro para discutir problemas e perspectivas, em Nova York, nos dias 25 e 26 de fevereiro.
Duas militantes da "mídia progressista e independente", Tracy Van Slyke e Jessica Clark, acabam de lançar pela New Press, o livro Beyond the Echo Chamber: Reshaping Politics Through Networked Progressiv e Media (Para além da caixa de ressonância: redesenhando a política através das redes progressistas de mídia), que faz uma avaliação otimista da nova mídia como alternativa à mídia tradicional e corporativa (ver aqui).

Como se vê, não é só entre nós que empresários e empreendedores da nova mídia se organizam e lutam para ter seu papel reconhecido e articular sua luta pelo direito à comunicação numa sociedade mais justa e democrática.

O que se espera é que iniciativas como a Altercom prossigam na trilha iniciada na 1ª. Confecom e sinalizem novos tempos e novos rumos para a universalização da liberdade de expressão por meio da verdadeira democratização do mercado de mídia em nosso país.

Fonte: Observatório da Imprensa.