Olhem só a resposta que ela postou no grupo:
Direitista e capitalista é o teu pensamento que pretende reserva de mercado para menos de 1% da população para poder ser jornalista. Todas as pessoas tem o direito de escreverem e manifestarem suas opiniões, sem que precisem de diploma universitário para isso. O próximo passo para a democratização das cominicações, por certo virá, com a regulação pelo Estado dos jornais e televisões.
Eu, como jornalista diplomada, que desde os meus 18 anos luto diariamente, juntamente com valorosas(os) companheiras(os)s, contra os abusos, os preconceitos, a violência, e contra a alienação, não pude deixar de responder.
Essa é a minha resposta:
Realmente é visível o teu desconhecimento sobre liberdade de expressão e atividade jornalística.
O jornalismo não é espaço de liberdade de expressão, ele é uma profissão que se dedica a narrar os fatos que acontecem num determinado espaço geográfico. Assim, ele é tão espaço de liberdade de expressão como é a medicina, a geografia, a arquitetura etc...
A obrigatoriedade do diploma não atrapalha a liberdade de expressão. Nenhuma das empresas monopólicas de comunicação no Brasil garante a liberdade de expressão. Onde estão os movimentos sociais em luta? Onde estão os negros? Os índios? Os homossexuais? As mulheres? As crianças?
Quem, afinal, diz a sua palavra na televisão ou nos jornais – que são meios públicos? Creio que estás confundindo tudo e deverias, antes de te expressar publicamente, saber do que estás falando....
Sou uma defensora da democratização da comunicação, mas a "companheira" deve saber muito bem, pela resposta que me deu, que esse caminho passa, necessariamente, pelo rompimento das cercas do latifúndio midiático. E essa luta está presente na esfera pública brasileira desde o século XIX. Antiga, não??!!! Mas ainda não resolvida. Esperamos que na Confecom haja avanços...
E como dizem: Hoje pisaram no nosso jardim. Amanhã será o seu. E aí?
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