domingo, dezembro 20, 2009
Pacote de maldades natalinas - Por Juremir Machado
1) Por que uma greve no fim do ano? Porque o governo manda projeto que é uma caixa de maldades no fim do ano, tentando aprová-lo no apagar das luzes, em regime de urgência, jogando com a possibilidade de não haver greve por ser o momento inoportuno. É uma maneira de forçar a aprovação e de jogar a sociedade contra os professores.
2) Por que o governo quer dar mais piso? Para dar menos básico. É sobre o básico que incidem as vantagens da carreira. Só há um ideal: piso e básico serem iguais. De preferência, no teto. Quer dizer, quanto mais alto melhor.
3) Por que o governo quer mudar o plano de carreira? Para diminuir vantagens, tornando menor o que já é pouco.
4) Por que ter um plano de carreira garantindo pequenas vantagens? Para diminuir as enormes desvantagens. As vantagens por tempo de serviço são formas de melhor um pouco a vida das pessoas e incentivá-las, diminuindo a pressão sobre os empregadores, pois são aumentos pulverizados. Afinal, nem todos completam triênios ao mesmo tempo.
Quanto ao resto, repito meu texto de ontem. Seu tempo de validade ainda não terminou.
OBS: o governo está sendo democrático: seu pacote de maldades atinge também outros setores, entre os quais os brigadianos. É que os soldados ganham fortunas para morrer por nós nas ruas das grandes cidades.
Como gosta de dizer Edgar Morin, citando Pascal, o contrário de uma verdade profunda pode não ser um erro ou uma mentira, mas outra verdade profunda. O magistério estadual entrará em greve na próxima terça-feira. É verdade que essa medida extrema trará prejuízos para alunos e pais. Mas é verdade também que o magistério não tem saída. Se a sociedade não se mobiliza para valorizar o magistério, resta ao magistério se mobilizar para interpelar a sociedade. O governo tenta jogar pais e alunos contra professores numa chantagem clara e banal.
Os salários do magistério são baixíssimos. É inadmissível que aqueles que devem alfabetizar e formar nossas crianças e jovens ganhem tão pouco. Muita gente ataca o CPERS para desqualificar as demandas dos professores alegando que as ações do sindicato têm viés político-partidário. Pode ser. Mas essas criticas, em geral, também têm viés político-partidário. São motivadas por um antipetismo ou por um antiesquerdismo visceral que não perde oportunidade para se manifestar e não quer entrar no mérito das questões em jogo.
Desta vez, o CPERS tem razão. O plano de valorização do governo para o magistério é, na verdade, um plano de desvalorização. Em lugar de adotar um piso (salário inicial sobre o qual devem incidir todas as vantagens da carreira), prefere um abono, o que levará parte da categoria para um salário maior e deixará outra parte com salários congelados.
O governo tem usado uma estratégia pesada de comunicação, apoiado por boa parte da mídia conservadora, com o objetivo de desqualificar os ganhos do magistério. Por que pagar vantagens por tempo de serviço? Para estimular as pessoas ao longo do tempo. Professores, assim como jogadores de futebol, são pessoas que precisam de incentivos. Essas vantagens servem, ao mesmo tempo, para melhorar parte dos salários, que são baixos, sem precisar melhorar o todo. É uma maneira homeopática de corrigir o que é apresentado como incorrigível. Talvez a licença-prêmio tenha ficado anacrônica. Ela pode muito bem ser substituída por licenças para cursos de atualização. É preciso que isso seja regulamentado, valha para todos e não dependa da boa vontade dos chefes.
Por enquanto, o governo quer transformar o pouco em menos ainda. Aproveita-se da mídia amiga para jogar a população contra os professores, a quem não dá alternativa e nos quais tenta colar o rótulo de radicais ou até de vagabundos. Ao jogar com a palavra piso, que não entende como salário inicial sobre o qual se acrescentam as vantagens da carreira, contrariando lei federal, induz a sociedade a pensar que pretende dar um piso de R$ 1500 enquanto o CPERS, num surto de birra, estaria lutando por R$ 950.
Ou seja, o CPERS estaria propondo greve para ter menos. O único argumento plausível do governo seria provar que não pode dar o piso (salário inicial) de R$ 950. Não basta dizer que isso quebraria o governo. Precisa discutir prioridades. Para quem está achando isso abstrato, aqui vai o e-mail que me enviou a professora Lea Camelo:
“O básico hoje, já incluindo a lei Britto, é de 640,00 para 40 horas. O governo paga como piso R$ 860,00, que passará para 1500,00. Acontece que todas as vantagens são calculadas sobre esse básico miserável de R$ 640,00. Veja bem: eu tenho pós graduação, tendo 100% sobre o básico, que fica em R$ 1280,00, abono de R$ 85,00, mais três triênios de R$ 192,00. Então eu com pós e 10 anos de magistério recebo bruto R$ 1557,00. Um professor só com segundo grau, em inicio de carreira, receberá R$ 1500,00 Esta sendo feito um nivelamento por baixo. O Plano de Carreira foi criado para estimular o professor a se qualificar, mas, te pergunto, que estimulo é esse se todos vão ganhar quase o mesmo?
O governo argumenta que o CEPRS não quer o aumento. Eu sei que eles só fazem politicagem, mas agora eles estão com a razão. O governo argumenta que quer aproximar os salários de quem ganha mais dos que ganham menos e que não mexe com o plano de carreira, mas é uma mentira, pois o básico continuará nos mesmos R$ 640,00. Os R$ 1500,00 serão completados com uma parcela autônoma e nesse governo não recebemos nem um tostão de aumento fora a lei Britto”. Está claro?
Em resumo, o governo gaúcho que dar um abono para que nenhum professor ganhe menos de R$ 1500. Quem estiver ganhando isso ou mais do que isso não terá um centavo de aumento. O governo estadual chama de “piso”, algo que aparece até na linguagem da professora Lea Camelo, o básico (atualmente em R$ 640 para 40 horas) mais um abono (resultando em R$ 860), mas as vantagens incidem apenas sobre o básico (R$ 640).
O piso estabelecido por lei federal (salário inicial sobre o qual incidem as vantagens) é de R$ 950. Yeda Crusius foi ao STF para não pagar esse piso-básico. Não poderia agora querer pagar R$ 1500. Quer manter o básico em R$ 640 e aumentar o abono, o que, embora melhorando a vida de uma parcela do magistério, representará uma enorme economia para os cofres públicos às custas do professores. Simples assim.
Com o abono do governo a professora Lea Camelo não ganhará um centavo de aumento. Se o piso-básico saltasse de R$ 640 para R$ 950, valor sobre o qual incidiriam as vantagens, a professora Lea, que ganha atualmente R$ 1557, passaria a ganhar quanto? Calculem vocês. Uma pista: apenas os 100% de acréscimo sobre o básico (que tem de ser visto como piso) por ter pós-graduação já fariam o salário dela saltar para R$ 1900. Sacaram?
Coluna de Juremir Machado da Silva em 15/12/2009.
Coloco o email, para agradecimentos! juremir@correiodopovo.com.br
OBS: "Cancele você também sua assinatura da ZH: eu já cancelei"!!!
sábado, dezembro 19, 2009
Movimento SOS TVE e FM Cultura promove ato no Brique da Redenção neste domingo
quarta-feira, dezembro 16, 2009
FSM - Inscrições abertas até 15 de janeiro
As atividades acontecem em Canoas, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Sapiranga e na Capital. A inscrição pode ser feita até 15 de janeiro pelo site - http://www.forumsocialmundial.org.br/. O valor de R$ 20,00 a ser cobrado servirá para custear os materiais que serão entregues no credenciamento.
No ano em que celebrará 10 anos de seu processo, o FSM não terá um evento único e centralizado e sim uma ação global. E o conjunto de atividades do FSM 10 Anos Grande Porto Alegre lançará esta série de ações, que se dará de forma permanente ao longo de todo o próximo ano, através de eventos em várias partes do mundo.
segunda-feira, dezembro 14, 2009
sábado, dezembro 12, 2009
Reunião sobre situação da TVE e FM Cultura nesta Segunda
TVE/RS E FM CULTURA CORREM RISCO DE EXTINÇÃO
TVE/RS E FM CULTURA CORREM RISCO DE EXTINÇÃO
A TVE e a FM Cultura estão saindo do prédio que ocupam há vinte e oito anos porque o governo do Estado não aceitou negociar com o INSS (proprietário do imóvel). O governo do RS tem mais de 1500 prédios ociosos, que poderiam ter sido oferecidos para permuta. Apesar de ter a preferência na compra, o governo gaúcho não quis adquirir o imóvel. Nos moldes atuais de funcionamento da Fundação Cultural Piratini, a transferência certamente vai custar mais cara aos cofres públicos, não havendo sequer viabilidade técnica para a mudança até 31 de março de 2010, data escolhida pelo Executivo para a entrega do prédio.
Os sindicatos dos Jornalistas e Radialistas e os funcionários acreditam que a decisão vai resultar na extinção da TVE/FM Cultura, já que o processo de sucateamento das emissoras se intensificou neste governo, com a falta de investimentos em infraestrutura e na produção própria, o desrespeito ao Conselho Deliberativo que representa a sociedade e o total desinteresse pela rede pública de comunicação no Brasil.Contamos com a sensibilidade das autoridades e do povo gaúcho para defender a manutenção e o fortalecimento das nossas emissoras. Para tanto, devem permanecer no endereço atual.
Obtenha mais informações ou manifeste-se através do blog http://forumtve.blogspot.com
sexta-feira, dezembro 11, 2009
quinta-feira, dezembro 10, 2009
Tarso lidera pesquisas no RS
quarta-feira, dezembro 09, 2009
Moção de Repúdio ao STF pela extinção do diploma de jornalista
terça-feira, dezembro 08, 2009
Viva a liberdade de expressão!
... Trecho do artigo de Wilson da Costa Bueno - jornalista e professor.
Faço a defesa da regulamentação e do diploma, de forma apaixonada, mas também racional, e não vejo demérito em defender o que acreditamos com paixão....de forma simplista, somos acusados de corporativos, mas o que há de pejorativo em ser corporativo, as demais profissões, por acaso, não são? O que há de errado em cada um defender a sua categoria profissional? A menos que seja apenas uma acusação leviana para desqualificar o debate.
Trecho do artigo de José Carlos Torves, diretor da Fenaj e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS
Está acontecendo de quase tudo neste país... em Porto Alegre denúncias sobre corrupção no governo Fogaça, envolvendo o no Programa Integrado Sócioambiental, ganham força . No estado, aparecem mais e mais fraudes, com direito a um belo caixa-dois na campanha eleitoral de Yeda Crusius (PSDB), e compra de um imóvel, em nome de sua filha Tarsila Crusius, com origem desconhecida dos recursos para tal. Em nível nacional a corrupção corre solta envolvendo deputados e senadores do DEM ex PFL, PPS, e do PSDB de FHC, Aécio, Serra e de Yeda.
Com tudo isso acontecendo eu ainda consigo encontrar uma defensora das posições da elite brasileira. Viva a liberdade de expressão. E como diz meu colega e amigo Jorge Correa: Somente o jornalista com formação garante uma notícia com conteúdo, qualidade e imparcialidade.
Eis a resposta que recebi da cidadã:
Por primeiro, dispenso tua aulinha.
Por segundo, torço para que tua grosseira decorra do fato de teres feito uma faculdade que nada esta a valer, fato que deixaria qualquer um bravo.
Por terceiro, continuo a achar que ninguem precisa de curso superior para narrar qualquer fato, ja que consideras que o jornalistmo nao é espaço de liberdade de expressão. Reservo-me o direito de achar que se para manifestação o jornalismo nao precisa de diploma superior, o que nao dizer-se de narração de fatos acontecidos em diversos espaços geográficos.
Por quarto, essa discussão, no nivel que a provocaste, nao irá alterar o que penso e, portanto, terei imenso prazer em não mais alimentá-la.
Por último, sou pessoa acostumada quer profissional, quer particularmente a ter opiniões e teses contrarias às minhas, mas nunca tive o desprazer de enfrentar qualquer divergencia de ideias no nivel que provocaste.
E a dita "companheira" continua.....
Direitista e capitalista é o teu pensamento que pretende reserva de mercado para menos de 1% da população para poder ser jornalista. Todas as pessoas tem o direito de escreverem e manifestarem suas opiniões, sem que precisem de diploma universitário para isso. O próximo passo para a democratização das cominicações, por certo virá, com a regulação pelo Estado dos jornais e televisões.
Eu, como jornalista diplomada, que desde os meus 18 anos luto diariamente, juntamente com valorosas(os) companheiras(os)s, contra os abusos, os preconceitos, a violência, e contra a alienação, não pude deixar de responder.
Essa é a minha resposta:
Realmente é visível o teu desconhecimento sobre liberdade de expressão e atividade jornalística.
O jornalismo não é espaço de liberdade de expressão, ele é uma profissão que se dedica a narrar os fatos que acontecem num determinado espaço geográfico. Assim, ele é tão espaço de liberdade de expressão como é a medicina, a geografia, a arquitetura etc...
A obrigatoriedade do diploma não atrapalha a liberdade de expressão. Nenhuma das empresas monopólicas de comunicação no Brasil garante a liberdade de expressão. Onde estão os movimentos sociais em luta? Onde estão os negros? Os índios? Os homossexuais? As mulheres? As crianças?
Quem, afinal, diz a sua palavra na televisão ou nos jornais – que são meios públicos? Creio que estás confundindo tudo e deverias, antes de te expressar publicamente, saber do que estás falando....
Sou uma defensora da democratização da comunicação, mas a "companheira" deve saber muito bem, pela resposta que me deu, que esse caminho passa, necessariamente, pelo rompimento das cercas do latifúndio midiático. E essa luta está presente na esfera pública brasileira desde o século XIX. Antiga, não??!!! Mas ainda não resolvida. Esperamos que na Confecom haja avanços...
E como dizem: Hoje pisaram no nosso jardim. Amanhã será o seu. E aí?
segunda-feira, dezembro 07, 2009
Repúdio aos pensamentos direitosos e machistas!
“Por essas e outras que sou contra o diploma universitário para jornalistas.”
Mensagem essa escrita por uma MULHER. Fique mais chocada ainda porque esse grupo é de mulheres de esquerda, de lutadoras e de muitas valorosas companheiras. Infelizmente, me parece que nele também se encontra mulheres com pensamentos reacionários e de direita.
Apesar de não merecer, não vou expor aqui o nome e nem o e-mail dessa pessoa, que precisa crescer muito ainda.
Marta Resing – Jornalista Diplomada!
SPM lança nota em repúdio à coluna de Gilberto Amaral
Em nota, a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres repudia atitude do jornalista Gilberto Amaral que, em sua coluna no Jornal de Brasília e Jornal Diário de Notícias, publicou nota de apologia à violência contra a mulher.
A nota, publicada pelo colunista na última quinta-feira, dia 3 de dezembro, intitulada Mundo Virado, afirma o seguinte: “Mulher apanhar do marido, acontece muito. E na maioria dos casos, ele não sabe porque está batendo, mas ela sabe porque está apanhando. Agora, virou moda mulher meter a mão no marido. Ou então usar o que está na sua frente. Como por exemplo, um taco de golf...”.
O texto da SPM repudia a atitude do jornalista e exige retratação, afirmando que o colunista utilizou seu papel de formador de opinião para prestar um desserviço à sociedade, tendo em vista que suas colocações “enfraquecem e desqualificam uma história de enfrentamento à violência doméstica, cujo ponto alto é a entrada em vigor da Lei Maria da Penha, em 2006”.
Confira abaixo, o texto completo da Nota de Repúdio da SPM:
Repúdio
A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) repudia e exige retratação para a atitude do colunista Gilberto Amaral que, na coluna que assina, no Jornal de Brasília, desta quinta-feira (03/12), publica nota intitulada Mundo Virado.
De acordo com o texto, "Mulher apanhar do marido, acontece muito. E na maioria dos casos, ele não sabe porque está batendo, mas ela sabe porque está apanhando". Para a SPM é lamentável que uma pessoa com tantos anos de profissão, use seu papel de formador de opinião para prestar um desserviço à sociedade.
O Brasil e as Mulheres brasileiras não podem mais tolerar colocações como essas que, enfraquecem e desqualificam uma história de enfrentamento à violência doméstica, cujo ponto alto é a entrada em vigor da Lei Maria da Penha, em 2006.
A SPM lembra ao Sr. Gilberto Amaral que quando uma mulher apanha, deve saber apenas que está sendo vítima de um crime que pode e deve ser punido com rigor.
A SPM lembra, também, que uma das alternativas de uma mulher em situação de violência é buscar a Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180. O serviço, gratuito e disponível todos os dias da semana, foi criado pela Secretaria para evitar que Mulheres sofram violência, inclusive verbal, como a expressa pelo Sr. Gilberto Amaral.
Fonte: Gabriela do Vale, Assessoria de Comunicação Social da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.
PED/2009 - Adeli Sell é o novo presidente do PT/PoA
terça-feira, dezembro 01, 2009
Declaração de Voto da bancada do PT na revisão do PPDUA
Porque no debate sobre as alturas, não foram restauradas as sete alturas nas regiões centrais, expectativa da cidade, colocando a máxima em 33 metros na maioria das áreas. Mais ainda, a compra de índice construtivo não autorizava aumento de altura, com a revisão, autorizará, sem passar pela Câmara.
A garantia da participação popular nas questões do Plano Diretor não foi consagrada a pleno. Ao contrário, a composição do Conselho do Plano Diretor ficou com maioria de representação de entidades da construção civil ou próximos, no caso das instituições.
O artigo 61 flexibiliza as regras do uso do solo - pois por projeto especial poderão ser alterados os padrões de recuo de ajardinamento, regime de atividades, parcelamento de solo, garagens e estacionamentos. É um plano diretor dentro do plano diretor. Cada governo tratará cada empreendimento como lhe aprouver. A polêmica mudança de regime de atividades como a habitação no Pontal do Estaleiro, por exemplo, com esta nova regra, não precisará passar pela Câmara!
segunda-feira, novembro 30, 2009
Governo Fogaça na lista das obras fraudadas
Segundo a presidenta da comissão, a estimativa é de que os contratos fraudados ultrapassem os R$ 350 milhões apontados pelo Ministério Público Federal. “Os contratos das obras somam mais de R$ 1,3 bilhão. Tudo indica que parte destes recursos tenha sido desviada para o caixa dois de campanhas, estruturas partidárias e para promover o enriquecimento ilícito dos integrantes do esquema”, assinalou.
Para a deputada, o esquema de fraudes em licitações de obras públicas tem diversas semelhanças com o montado para surrupiar recursos do Detran. “Há personagens comuns e, sobretudo, similaridade na forma de viabilizar o pagamento de propina. No caso das licitações de obras, há uma mistura de lavagem de dinheiro através de empresas laranjas e saque na boca do caixa”, apontou.
Obras fraudadas
Entre as obras que teriam sido fraudadas, segundo investigações da Polícia Federal, figura o Projeto Socioambiental (Pisa/Dmae), da prefeitura de Porto Alegre. Orçadas em R$ 586 milhões, as licitações teriam sido direcionadas e as obras divididas para beneficiar empresas integrantes do esquema. “Esta é uma triste novidade que estamos trazendo ao conhecimento público. Há indícios muito fortes de que pelo menos R$ 230 milhões tenham sido alvos de fraudes”, revelou.
Conforme investigações da Polícia Federal, um grupo de empresários teve acesso ao Projeto Socioambiental meses antes do lançamento do certame. Além disso, os empreiteiros teriam definido o custo e superfaturado as obras. Um dos indícios de fraude seria uma gravação telefônica em que secretário e um empreiteiro combinam pagar 1,25% (do valor da fatura da obra) para o PM. Com um orçamento de R$ 150 milhões, as licitações das barragens Jaguari e Taquarembó também teriam sido direcionadas. Disputadas entre dois grupos, as obras teriam sido divididas entre empresas do esquema por agentes políticos e empreiteiros. Interceptações telefônicas e de e-mails revelam que os empresários tiveram acesso aos editais meses antes da publicação e sugeriram alterações nos documentos para favorecer as empresas que representavam.
Na apresentação, Stela citou também fraudes em obras de estradas estaduais e federais. Obras no trecho entre Morrinhos e Mampituba (RSC 494), orçadas em R$ 15,9 milhões, teriam sido ativadas a partir da pressão de agentes políticos que, segundo as investigações, foram recompensados. Um telefonema entre um agente político e um empresário, interceptado pela PF em 17 de maio de 2008, revela a articulação para atender um grupo de deputados, apelidado de G8 por um dos interlocutores.
Se puder, compareça!
No caso da área vegetável (emenda 394), a discussão começará às 14h, com período máximo de debates de duas horas.
As emendas referentes às Áreas de Interesse Cultural serão debatidas a partir das 16h.
Haverá manifestação de um técnico representante do governo e outro representando a posição que defendemos.
Sofia Cavedon - Vereadora PT
sexta-feira, novembro 27, 2009
Mensagem de esclarecimento de uma professora do Estado
Os altos salários do executivo, os planos de carreira de quem ganha 10, 20 x mais que um professor ou brigadiano são questionados? Podemos meter a colher e decidir a vida profissional destas pessoas?
TIREM AS MÃOS DAS MINHAS CONQUISTAS!
MEU PLANO DE CARREIRA É A MINHA DIGNIDADE!
Muito obrigada por ajudar a fazer este esclarecimento.
Raul Pont é o novo presidente do PT/RS
terça-feira, novembro 24, 2009
Carta Aberta aos Porto Alegrenses
segunda-feira, novembro 23, 2009
domingo, novembro 22, 2009
Fim da linha para a mentira dos R$ 1.500 para o Magistério
Acabou o mistério. Paulo Santanna, Lasier Martins, Rosane Oliveira e repórteres da Zero Hora trabalharam em vão, pois mentira tem perna curta, uma hora a gente alcança ela. Os projetos PLC 335, PL 333 e 334 e a PEC 200 são uma ameaça contra os direitos consagrados na Constituição do RS e nos Planos de Carreira (leia meu artigo profético, escrito antes dos projetos chegarem na Assembléia Legislativa). Enquanto isso o tão propalado aumento salarial atingirá quase ninguém, pois inclui todas as vantagens, o que só vai beneficiar menos de 3% da categoria. Todos perdem para beneficiar (e muito pouco!!!) apenas 3%? Onde está a vantagem nisso? Onde está a estrada asfaltada para a reeleição de Yeda? Sinceramente, se a categoria aceitar essas propostas sem reagir, lavo minhas mãos...
Um exemplo para enquadrar no projeto abaixo, sem buscar as tabelas de vencimentos da categoria (pois se fizesse isso teria dificuldade de encontrar alguma faixa de salário que receberia reajuste...), apenas um exercício simples para explicar alguns princípios para os que não conhecem a carreira do Magistério e a legislação:
Professor com R$ 700,00 de salário bruto para 20h (que incluí todas as vantagens pecuniárias, ou seja, recebidas em dinheiro), mas que tem jornada de 40h (R$ 1.400,00 de salário bruto, portanto) irá receber R$ 100,00 de completivo para chegar nos R$ 1.500,00 de Yeda (que não é incorporável ao básico e, por isso, sobre ele não se calcula nenhuma vantagem adquirida na carreira, é apenas um complemento, como diz o próprio nome).
Se esse professor ganhar um reajuste no básico (outro princípio da carreira que não vale explicar aqui, pois é realmente complexo) e isso significar, por exemplo, R$ 25,00 de reajuste para 20h (o que seria um bom reajuste), teremos portanto mais R$ 50,00 no salário bruto desse profissional (lembrem, ele é 40h). E agora vem a jogada do completivo: ao invés de acrescentar mais R$ 50,00 ao salário proposto por Yeda (indo para R$ 1.550,00, não é?) você, ao contrário, diminuirá os R$ 50,00 dos R$ 100,00 do completivo... Ou seja, só começará a ter aumento real no salário bruto de R$ 1.500,00 quando consumir todo o completivo utilizado para atingir esse valor. Esses salários, os mais baixos, ficarão congelados até desaparecer o completivo.
Atenção, estamos falando sempre de salário bruto, remuneração inicial ou total, depois vem uma infinidade de descontos que mingua esse vencimento. E não pensem que se trabalha pouco por essa "fortuna" (como uma vez tentou afirmar um colunista da Veja), pois das 40h esse professor deve ficar 32h em sala de aula, as 8h semanais restantes servem para preparação, elaboração, reuniões e correção de avaliações...
Alguém acredita, sinceramente, que um professor de 40h, com centenas de alunos e, as vezes, mais de uma escola, consegue elaborar, preparar, reunir e corrigir em 8h semanais o volume de trabalho que ele carrega para casa? Só se ilude quem não conhece a rotina do Magistério. E esse trabalho extra é parcamente remunerado.
Complicado? Não, para o Governo é facílimo.
Veja o abaixo o Projeto de Lei nº 333/2009 encaminhado para Assembleia Legislativa no dia 19/09/09
Fixa o valor da remuneração mínima do Magistério Público Estadual e dá outras providências.
Art. 1º - A remuneração, incluindo as vantagens pecuniárias pagas a qualquer título, dos integrantes do Plano de Carreira do Magistério Público Estadual, instituído pela Lei Estadual nº 6.672, de 22 de abril de 1974, dos integrantes do Quadro Único do Magistério Público Estadual, em extinção, criado pela Lei Estadual nº 6.181, de 08 de janeiro de 1971, bem como dos contratados emergenciais e/ou temporários, não poderá ser inferior a R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais) mensais para o regime de trabalho de 40 (quarenta) horas semanais.
§ 1º - Nos casos de regime de trabalho semanal inferior ou superior a 40 (quarenta) horas, o valor da remuneração mensal, de que trata o caput deste artigo, será proporcional à carga horária exercida.
§ 2º - Os membros do Magistério, cujos vencimentos não atinjam o valor estabelecido no caput, terão direito à parcela completiva individual, sobre a qual não incidirá qualquer vantagem, correspondente à diferença entre a remuneração bruta e a remuneração mínima ora fixada.
§ 3º - Para fins de fixação do quantum da parcela completiva individual serão excluídas as quantias mensais percebidas a título de ajuda de custo, diárias, salário família ou abono família e terço pelo gozo de férias.
§ 4º - Aos membros do Magistério que estiverem recebendo completivo do piso salarial instituído pela Lei Estadual nº 11.005, de 19 de agosto de 1997, e que, na entrada da vigência desta Lei, ficarem com remuneração inferior ao que vinham percebendo, será assegurada complementação salarial individual, correspondente a diferença a menor.
§ 5º - A parcela completiva individual e a complementação salarial individual, de que tratam os §§ 2º e 4º, serão absorvidas pelas alterações futuras do valor da remuneração bruta, ou pela modificação na sua estrutura remuneratória, até sua extinção.
Art. 2º - O disposto nesta lei estende-se aos inativos e pensionistas.
Art. 3º - As despesas decorrentes da execução desta lei correrão à conta de dotações orçamentárias próprias.
Art. 4º - Esta Lei entra em vigor em 1º de janeiro de 2010.
Art. 5º - Revogam-se as disposições em contrário, especialmente os artigos 10, 14 e 15 da Lei n 11.005, de 19 de agosto de 1997.
Frente Parlamentar de Luta Contra as DST, HIV e Aids
Para Sofia, a Frente Parlamentar servirá como mais um instrumento neste longo caminho ainda a percorrer no combate à Aids, em consonância com a estratégia de descentralização e multiplicação em todos os estados e municípios da Frente Nacional. “O Poder Legislativo do Município de Porto Alegre, cidade brasileira com maior incidência de casos de Aids no país, não poderia furtar-se à tarefa de posicionar-se de maneira inequívoca e necessária frente a essa questão de tão graves proporções como é a aids em todo o país”.
Entre as tarefas que a Frente realizará está a disseminação de informações sobre o tema entre os próprios parlamentares, contribuindo para subsidiar as decisões sobre orçamento público e políticas públicas nas áreas de Saúde, Educação e Assistência Social. Além disso, destaca a vereadora, será dada ênfase especial para a prevenção de posturas discriminatórias, bem como aproximar cada vez mais o Poder Legislativo da sociedade portoalegrense.
Luta
É de 1980 a notícia do primeiro caso de Aids no Brasil. Três anos depois, em 1983, foi criado o modelo de enfrentamento que se consolidou em 1986, com a criação do Programa Brasileiro de DST/Aids. Nessas duas últimas décadas a resposta brasileira à epidemia se caracterizou pelo esforço dos profissionais e setores da sociedade envolvidos na busca pela rapidez, eficiência, universalidade, igualdade de direitos e controle social dos serviços oferecidos. Esse esforço, enfatiza Sofia, tem se ampliado e se fortalecido em todas as frentes de batalha.